segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Heart

''E quando a mente se conforma que não é pra ser,

o coração briga, acendendo fios de esperança de que  ainda pode dar certo.
(apesar dos medos e incertezas que também lutam no mesmo coração)

E mais uma vez o tempo se encarrega de manter mente e coração equilibrados...

O problema é que 'esse tempo' demora...

E só cabe a mim esquecer do que já foi."

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Lilith

Por nove anos a porta da cozinha lá de casa ficou fechada.
Fechada porquê se ela se juntasse aos outros, mataria. Rsrss
Quando ela chegou, era pequenininha, parecia uma bolinha e a gente cuidava como se fosse bebê.


Cresceu em menos de um mês. Ficou do tamanho de um urso, quer dizer, não exatamente, mas toda vez que eu olhava pra ela, me dava a sensação de que eu tava na frente de um. Ou um leão. Bicho grande.


Durante esses nove anos ela conseguiu pular de um prédio sem se machucar; comer toda a babosa (e outras plantas) lá de casa quase matando minha mãe de preocupação; matar alguns passarinhos; comer as goiabas do chão que caiam do pé; morder nos outros quatro cachorros; botar medo nos vizinhos; morder nos próprios donos (me deixando uma cicatriz em forma de P) e fazer a gente muito, muito feliz.


Ela sabia o cheiro de cada um. 
Sabia a hora que a gente chegava em casa.
Nem de todo mundo que ia lá ela gostava...
O quintal era só dela (e dos passarinhos, que conforme o tempo, ela foi aceitando e fazendo amizade a ponto de deixar alguns comerem sua ração).
Era ciumenta. Era bagunceira. As vezes era chata de tanto que latia...
Mas era a Lilith. Era linda.


Olhar lá fora dói.
Não ouvir latidos dói.
Deixar a porta da cozinha aberta sabendo que não tem mais perigo para os outros cachorros, dói.
Na verdade, a porta da cozinha aberta, tá difícil de acostumar.
Talvez leve nove anos pra que a gente se acostume, ou talvez a gente não se acostume nunca.


A questão é que perder um cachorro, dói.
Parece gente. Só que mais puro.
Quem tem cachorro sabe que independente do estado que você esteja, ele vai sempre querer te agradar, sem querer nada em troca, além de carinho. Diferente do ser humano, numa visão geral.


Depois que ela foi embora, lá em casa tá um silêncio.
Ainda tem um saco de ração de 25 kg que basicamente, era só dela.
O quintal tá limpo. 
Não escuto mais passos á noite...Eu ouvia e não tinha medo porque era ela e não um espírito ou coisa parecida. Rsrs


Ouvi comentários do tipo: 'Ah, mas é só um cachorro.'
O quê? Não, era o meu cachorro. Minha família. Minha.
Fez  parte de nove anos da minha vida. Isso não conta?
Claro que conta, e dane-se quem pensa dessa forma.


Cachorro não é só cachorro.
Cachorro é presente.
Feliz daquele que tem e respeita.
Eu amo os meus. Amo ela.
Queria ela de volta, e tô com saudade. =/

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

La Vida

Perdendo meu tempo com nada.
Enchendo a cabeça de nada.
Eu me pergunto todos os dias ' o quê que eu tô fazendo aqui?'
E sinceramente não cheguei á uma conclusão concisa e plausível.
Não faz sentindo (ou faz) essa sala, essas pessoas vazias falando coisas desnecessárias.
Eu sou mais cheia que tudo isso aqui.
O quê que eu tô fazendo aqui ainda?


Tento encontra meu lugar.
Todos os dias eu penso em alguma forma de sair.
Eu quero chegar em todos os lugares em que eu puder tocar.
E quero viver.
Não essa vida rude e descontrolada,
Eu quero ser igual com o sol lá fora... Queimando em viver.